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ALMANAQUE DO FLUMINENSE

Brothers in arms.

Updated: Oct 27, 2022


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Eu sempre gostei de listas. Não de lista telefônica ou de vencedores da Mega-Sena em que eu nunca apareço. Mas sim de listas de curiosidades ou estatísticas como das montanhas mais altas do mundo, dos países mais populosos do planeta ou dos filmes vencedores do Oscar, por exemplo. Se a lista for relacionada ao Fluminense então nem se fala. Existem várias espalhadas pela web, para todos os gostos, mas uma que eu nunca vi é de irmãos que atuaram pelo clube. Razão pela qual eu resolvi preparar a minha.

Ordenada por ordem cronológica da estreia do segundo irmão, ela inclui apenas jogadores que tenham atuado no time de cima e façam parte do meu banco de dados, o que deixa de fora dezenas de irmãos que foram sócios do clube mas que por um motivo ou por outro apenas um deles chegou a atuar na equipe principal. Jogadores como Athos e Porthos Duque Estrada, Ângelo e Hugo Pinheiro Machado, Max e Roberto Naegeli, Eurico e Nestor Sampaio, Carlos e Primitivo Moacyr, só para citar alguns pares que foram deixados de fora. É capaz de eu ter esquecido de mencionar alguma dupla, portanto se alguém lembrar de alguma faltando, me dê um toque que eu acrescento à lista. Mas sem mais delonga, vamos à relação:


Oscar (1902-1908), Edwin (1903-1910) e Harold (1912) Cox Eram seis os irmãos Cox. Dos três mais velhos, um morreu ainda adolescente e os outros dois foram sócios do Flu mas não chegaram a jogar bola.


Victor (1902-1912) e Emílio (1903-1910) Etchegaray Victor e Emílio participaram de todos os jogos do tetracampeonato de 1906-1907-1908-1909.


fig. 1 – Jack e Cawood Robinson.


Jack (1903-1908) e Cawood (1903-1907) Robinson Jack era brasileiro, Cawood inglês. Eram sócios do Paysandu e reforçavam o Fluminense apenas nos jogos interestaduais. Ambos tornaram-se cunhados do zagueiro Smart (1915).


Adolpho (1902-1905), Octávio (1904-1908) e Hermano (1906-1907) Simonsen Um quarto irmão, Mário, pai do ministro Mário Henrique Simonsen, também entraria de sócio mas não disputaria nenhuma partida pela equipe principal do Flu.


Eurico (1902-1904) e Júlio (1904) de Moraes Filhos do Visconde de Moraes, uma das maiores fortunas do Brasil na época, Eurico e Júlio constituem a única dupla de irmãos a participarem da fundação do clube.


Jorge (1902-1906) e Clito (1906) Portella O pai deles, o comerciante cearense Antônio Portella, dono da Casa Colombo, a maior e mais famosa loja de artigos finos para homens do Rio na época, foi quem ofertou em 1905 a Taça Colombo, destinada ao clube que vencesse o campeonato carioca três vezes seguidas.


Álvaro (1906) e Carlos (1906) Macedo Atuaram juntos na partida contra o Football & Athletic de 9 setembro. O único jogo de ambos pela equipe principal do Flu.


Arnaldo (1907-1908) e Alberto (1908-1911) Borgerth Alberto é, até prova em contrário, o jogador mais jovem a atuar em uma partida pelo Fluminense.


Ernesto (1909-1912) e César (1909) Paranhos Ernesto é o causador involuntário da crise de 1911. E duplamente. Primeiro ao demitir-se do ground committee, obrigando a realização de uma eleição para escolher o seu substituto. Eleição que terminaria empatada dando origem à crise. E segundo ao ser escalado no comando do ataque no lugar de Alberto Borgerth, provocando o pedido de demissão deste, que seria acompanhado por quase todo o time titular.


fig. 2 – Horácio e Jack da Costa Santos.


Horácio (1902-1909) e Jack (1909) da Costa Santos Horácio é o sócio número um do Fluminense. Jack seguiu os passos do irmão, atuando também como meia-direita.


Armínio (1908-1910), Armindo (1910-1914) e Manoel (1913) Motta Eram paraenses. Dos três, Armínio foi o que obteve o maior destaque, tanto dentro de campo (bicampeão carioca) como na carreira profissional (médico de renome).


Norman (1904-1905) e Gilbert (1910-1913) Hime Gilbert, o mais jovem, marcou nove gols pelo Botafogo na famosa goleada de 24 a 0 sobre o Mangueira.


Alfredo (1910) e Arnaldo (1911) Guimarães O estudante de Direito, Alfredo, e o de Medicina, Arnaldo, caíram na conversa mole do Alberto Borgerth e se debandaram para o Flamengo em 1911.


James (1911-1916) e Edgar (1912) Calvert Apesar do nome inglês, eram brasileiros, nascidos dentro da fábrica de tecidos Alliança, nas Laranjeiras, onde o pai deles era Chefe de Máquinas.


Martim (1912-1914) e Mem (1912) Xavier da Silveira A Rua Xavier da Silveira em Copacabana é uma homenagem ao pai deles, o jornalista, advogado e político paulista Joaquim Xavier da Silveira Júnior.


Luiz (1914), Marcos (1914-1928) e Fábio (1914-1916) Carneiro de Mendonça Os irmãos de nomes compridos, no melhor estilo Dom Pedro, vieram para o Fluminense do América, que viveu em 1914 uma crise semelhante à do Tricolor em 1911.


Joaquim (1914-1916) e Waldemar (1914) Cardoso Outra dupla de irmãos que também vieram do América em 1914. Uma cortesia do Belford Duarte, a quem chamavam de Madama.


Américo (1902-1904) e José (1915-1917) Couto O fundador Américo deixou o Fluminense em 1904, retornando em 1915, a tempo de ver o irmão, 14 anos mais jovem, brilhar com a camisa tricolor.


Baptista (1913-1918) e Zezé (1915-1928) Guimarães Zezé é o “Menino de Ouro”, imortalizado no tango de Ernesto Nazareth.


Chico (1915-1924) e Sylvio (1916-1921) Netto Pouca gente sabe mas Chico Netto jogou um ano no América ao lado de Marcos e de seu irmão Luiz, antes de retornar à São Paulo, e depois vir jogar no Fluminense.


César (1919-1922) e Ayrton (1920) Bacchi Jogavam nos extremos da linha. Ayrton no gol e César na ponta esquerda.


Jorge (1913) e Joel (1920) Roxo Um terceiro irmão, Jair, também jogou no Fluminense.


Laís (1916-1924) e Dimas (1923-1925) de Moraes e Castro Tricampeão carioca com apenas 19 anos, Laís foi também campeão de tênis, diretor de futebol e árbitro. Seu irmão mais jovem Dimas não obteve o mesmo destaque.


José (1917) e João (1923-1925) Brasil Treze anos separavam os dois irmãos. José, o mais velho, jogava de médio. O mais jovem, João, era atacante. Disputaram poucos jogos, mas ambos foram campeões cariocas.


Renato (1921-1924) e Edgard (1923) Vinhaes O irmão mais velho, Luiz, foi treinador do Fluminense entre 1929 e 1933.


fig. 3 – Mano e Preguinho.


Mano (1915-1922) e Preguinho (1925-1938) Coelho Netto Mano e Preguinho, duas legendas do Tricolor, dispensam introduções. Outros irmãos foram Georges, que não chegou a atuar na equipe principal, e Paulo, autor do livro História do Fluminense.


Paulo (1923-1928) e Alfredo (1926-1937) Willemsens O caçula Alfredinho brilhou tanto com a camisa do Fluminense como com a do Flamengo.


Fernando (1926-1928) e Oswaldo (1927) Espínola Ambos goleiros e baianos, eram filhos do jurista Eduardo Espínola, Ministro do Supremo Tribunal Federal no Governo Vargas.


Guy (1927-1930) e Ivan (1928-1939) Mariz O médio Ivan foi o único amador do elenco tricolor a se profissionalizar em 1933.


Fortes (1917-1930) e Pedro (1928-1932) Fortes Dadá dispensa apresentações. Quatro vezes campeão carioca é uma das glórias do Fluminense. Já seu irmão Pedro nem tanto. Ainda mais que jogou no Flamengo.


Ary (1925-1932) e Eloy (1935) Oliveira de Menezes Os irmãos Oliveira de Menezes se destacariam em esportes diferentes. O mais velho, Ary, no futebol, defendendo por muitos anos o Fluminense. Já Eloy, que fez um único jogo pelo Tricolor, no Hipismo, em competições de saltos, tendo inclusive representado o Brasil em Jogos Olímpicos.


fig. 4 – Maneco e Hélio Nunes.


Maneco (1948-1949) e Hélio (1949) Nunes Naturais de Campos, ingressaram no Fluminense em 1948. O meia-direita Maneco vindo do Olaria, e seu irmão mais novo Hélio, do Corumbaense.


Píndaro (1948-1955) e Jardson (1951) Marconi Os cinco filhos do casal Péricles e Letícia Marconi trabalhavam na farmácia da família em Santo Antônio de Pádua, interior do Rio, e nas horas vagas jogavam bola no Paduano. O primogênito Píndaro brilhou no Fluminense, já o segundo, Jardson, também zagueiro, não teve a mesma sorte.


Adalberto (1950-1955) e Sylvio (1957) Martins O goleiro Adalberto era reserva do reserva (Veludo) de Castilho, e alcançaria maior sucesso no Botafogo. Já Sylvio era centro-médio, revelado nos infantis das Laranjeiras.


fig. 5 – Kléber e Carlinhos.


Kléber (1973-1980) e Carlinhos (1973-1979) Ribeiro Volante habilidoso, Kléber Bequinha foi peça importante da “Máquina” de Francisco Horta. O lateral-esquerdo Carlinhos era menos festejado.


Luiz Carlos (1977-1978) e César (1977) Lemos Eram quatro irmãos boleiros: César Maluco, Luiz Carlos Tatu, Caio Cambalhota e Lusinho Tombo. Os dois mais velhos jogaram no Flu já no final de suas carreiras.


Gilson (1976-1979) e Gilcimar (1977-1982) Francisco Revelados nos juvenis do Fluminense, ambos atuavam como pontas, Gilson Gênio na esquerda, Gilcimar na direita.


Sérgio Roberto (1971-1972) e Fumanchu (1978-1979) Silva Luiz Fumanchu chegou a ser levado pelo irmão para um teste nas Laranjeiras no início de sua carreira, mas foi reprovado, só retornando anos depois já consagrado.


fig. 6 – Ricardo e Alexandre Cruz.


Ricardo (1983-1994) e Alexandre (1988-1989) Cruz O goleiro Ricardo Cruz veio do infantil do Olaria para o Fluminense, onde profissionalizou-se, mas alcançaria maior sucesso no Botafogo. Seu irmão, que era zagueiro, também passou pelas divisões de base do Flu.


fig. 7 – Télvio e Túlio.


Télvio (1991) e Túlio (1999) Costa Com 661 gols, Túlio Maravilha é o quinto maior artilheiro da história do futebol brasileiro. Seu irmão gêmeo Télvio, não passou de 15 gols na carreira.


Carlos Alberto (2002-2007) e Fernando (2005-2006) Gomes Carlos Alberto é meia, Fernando, volante. Ambos foram revelados nas divisões de base do Fluminense.


fig. 8 – Assis e Ronaldinho.


Assis (1996) e Ronaldinho (2015-2016) Moreira Ronaldinho foi melhor do mundo, Assis virou seu empresário.

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